Autor: Professor Cleidson Granjeiro
Introdução
A importância da resiliência e do propósito no trabalho dos educadores é fundamental para superar os desafios diários e fazer a diferença na vida dos alunos. Enfrentamos muitos obstáculos, mas é a nossa capacidade de manter o foco e a motivação que nos permite superá-los.
A Força da Resiliência
Resiliência é a capacidade de se recuperar diante das adversidades. Como educadores, é crucial cultivar essa habilidade para nos mantermos firmes, mesmo nos momentos mais difíceis.
A filosofia estoica, por meio de Epicteto, ensina que "não são as coisas que nos perturbam, mas a opinião que temos delas." Precisamos lembrar que a forma como interpretamos os desafios pode fortalecer ou enfraquecer nossa resiliência. Santo Agostinho também nos lembra que "o que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada." A jornada como educadores é cheia de altos e baixos, mas é nessa caminhada que encontramos nosso verdadeiro propósito.
Encontrando Propósito no Ensino
O propósito dá sentido ao nosso trabalho. Quando temos um objetivo claro, nossa motivação se renova diariamente. Aristóteles afirmou que "onde as necessidades do mundo e seus talentos se cruzam, aí está a sua vocação." Encontrar o propósito no ensino é reconhecer a importância do nosso papel na formação das futuras gerações.
Santo Tomás de Aquino nos guia dizendo que "a felicidade é alcançada pelo cultivo das virtudes." Ao focarmos em desenvolver virtudes como a paciência, a justiça e a sabedoria, encontramos maior realização em nossa profissão. Além disso, a neurociência destaca que trabalhar com um propósito claro ativa áreas do cérebro ligadas ao prazer e à satisfação, o que nos ajuda a manter a motivação.
A Importância da Comunidade
Trabalhar em equipe e sentir-se parte de uma comunidade é crucial para a motivação. Quando compartilhamos experiências e nos apoiamos mutuamente, enfrentamos os desafios de maneira mais eficaz.
Platão, em sua obra "A República," afirmou que "a direção em que a educação inicia um homem determinará seu futuro na vida." Nós, como educadores, somos parte de uma comunidade que molda futuros. Juntos, podemos criar um ambiente de apoio e crescimento mútuo. A Sagrada Escritura nos lembra: "Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem afia o rosto do seu amigo" (Provérbios 27:17). Nosso papel é afiar uns aos outros, fortalecer nossas habilidades e enfrentar os desafios coletivamente.
Aplicando a Resiliência e o Propósito na Prática
Para aplicar esses conceitos no dia a dia, algumas práticas são sugeridas:
Reflexão Diária: Dedicar alguns minutos ao final de cada dia para refletir sobre os desafios enfrentados e como podemos aprender com eles.
Gratidão: Praticar a gratidão, reconhecendo as pequenas vitórias e progressos dos nossos alunos e de nós mesmos.
Objetivos Claros: Estabelecer metas claras e alcançáveis para cada semana, mantendo o foco no propósito do nosso trabalho.
Conclusão
Santo Tomás de Aquino nos lembra: "A cada um é dado um propósito que só ele pode cumprir." Nosso trabalho como educadores é único e insubstituível. Ao cultivarmos a resiliência e mantermos nosso propósito claro, podemos superar qualquer desafio e continuar fazendo a diferença na vida de nossos alunos.
Nosso papel é vital e, juntos, podemos criar um ambiente de apoio e crescimento tanto para nós quanto para nossos alunos. Vamos cultivar a resiliência, encontrar nosso propósito e enfrentar os desafios com coragem e determinação.
Referências Bibliográficas
Epicteto. Manual de Epicteto. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/epictetus/
Agostinho de Hipona. Confissões. Editora Paulus, 2010.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Editora Martins Fontes, 2013.
Tomás de Aquino. Suma Teológica. Editora Loyola, 2001.
Bíblia Sagrada. Provérbios 27:17. Edição Pastoral.
Goleman, Daniel. Inteligência Emocional. Editora Objetiva, 1995.
Damasio, Antonio. O Erro de Descartes. Companhia das Letras, 1996.
Seligman, Martin. Flourish: A Visionary New Understanding of Happiness and Well-being. Free Press, 2011.
Platão. A República. Editora Martins Fontes, 2006.
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