segunda-feira, 17 de junho de 2024

O Carvalho e a Montanha Infindável

HISTÓRIAS QUE O PROFESSOR CLEIDSON CONTA

Era uma vez, em uma floresta encantada, um jovem carvalho chamado Dendron que sonhava em alcançar as estrelas. Sabia que, para crescer, tinha de enfrentar a Montanha Infindável, onde cada árvore era desafiada a empurrar uma pedra montanha acima para aprender as lições da vida.

Todos os dias, Dendron observava as árvores mais velhas se esforçando. Ele via que, independentemente de quão altas elas crescessem, a pedra sempre rolava de volta. Dendron perguntou-se: "Como elas persistem, sabendo que a pedra nunca permanecerá no topo?"

Dendron começou sua própria jornada, empurrando sua pequena pedra pelo terreno íngreme. Com o passar dos dias, a pedra ficava cada vez mais áspera, mas a cada novo amanhecer, ele tentava novamente. Cada tentativa o fazia crescer um pouco mais alto, suas raízes se aprofundavam, e sua casca se tornava mais resistente.

Ele encontrou alegria na chuva que o alimentava, no sol que aquecia suas folhas e no vento que sussurrava histórias de lugares distantes. A jornada, ele aprendeu, não era sobre a pedra alcançar o cume, mas sobre o que ele se tornava no processo.

Enquanto Dendron crescia, sua pedra tomava formas diferentes. Com cada nova subida, ela se tornava mais lisa, mais fácil de empurrar. Ele compreendeu que não estava moldando apenas a pedra, mas a si mesmo.

Dendron não estava sozinho. Outras árvores, jovens e velhas, estavam em sua própria jornada, e juntos, eles aprendiam a apreciar o esforço compartilhado. Eles riam, choravam e cresciam, e a pedra, um dia um fardo, tornou-se um elo entre eles.

Anos se passaram e Dendron, agora um carvalho majestoso, continuou a empurrar sua pedra, que havia se tornado suave.  Suas raízes tocavam o coração da montanha, suas folhas acariciavam o céu, e suas sementes eram levadas pelo vento para começar novas jornadas em lugares desconhecidos.


Moral da História

 A verdadeira essência de crescer não está em fazer a pedra permanecer no topo, mas em nutrir a própria natureza para que, mesmo quando as pedras rolam montanha abaixo, as lições aprendidas permitam subidas mais altas e visões mais amplas.

Autor: Professor Cleidson Granjeiro

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